Entendendo a relevância do assunto e com o objetivo de trazer conhecimento e sensibilização em relação à temática do suicídio, o Coletivo de Psicólog@s do IFMT adere, mais uma vez, ao Setembro Amarelo.
Nos anos anteriores, a campanha foi realizada nos campi por equipes multiprofissionais e estudantes. Este ano, buscando adaptar-se às circunstâncias geradas pela pandemia da Covid-19, as ações do grupo serão realizadas através dos meios digitais, como: Roda de Conversa com os estudantes via Meet e Webinar, aberto a toda comunidade acadêmica.
A psicóloga da reitoria, Bianca Rangel Moreira informa que, em paralelo a estas ações, têm sido realizados acolhimentos psicológicos à distância a estudantes e servidores, aos quais se pode ter acesso através do link: https://forms.gle/ZfKaJzVnefgryu7E9
Estigma x Auxílio - O suicídio é um fenômeno presente em todas as culturas no decurso da História da humanidade. Em tempos passados, a temática era considerada um tabu, cujo autor era passível de castigos preditos por diversas crenças religiosas e suas famílias podiam ficar estigmatizadas.
"O estigma ainda faz com que muitas pessoas que estão pensando em tirar suas próprias vidas, ou que já tentaram suicídio, não procurem ajuda e, por isso, não recebam o auxílio que necessitam", lembra a psicóloga.
A falta de informação acerca das doenças psíquicas e do suicídio tornou-se um grave problema de saúde pública. E somente 38 países, incluindo o Brasil, relatam possuir uma estratégia nacional para a prevenção ao suicídio.
Na atualidade, a temática tem sido estudada a partir de aspectos complexos e multifatoriais: psicológicos, biológicos, genéticos, culturais, econômicos e socioambientais. Ao tratar dos fatores que contribuem para o suicídio, estes podem variar entre grupos democráticos e populações específicas, os mais vulneráveis são os jovens, os mais idosos e os socialmente isolados, como a população indígena (Conselho Federal de Psicologia, 2013).
Quanto às estatísticas, de acordo com o que aponta a Organização Pan-Americana de Saúde Brasil - OPAS e Organização Mundial de Saúde – OMS (2108), a prevalência de suicídio se mantém alta:
· “Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.”
· “Para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano. A tentativa prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral.”
· “O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.”
A Campanha Setembro Amarelo - Teve início nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo, o que motivou a escolha do laço amarelo como símbolo da luta contra o suicídio. Já no Brasil, a campanha iniciou em 2014 com a parceria da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP e o Conselho Federal de Medicina – CFM e no ano seguinte ampliou-se com o apoio do Centro de Valorização da Vida - CVV.
Algumas medidas práticas podem ser tomadas para prevenir o suicídio e suas tentativas:
· Redução de acesso aos meios utilizados (por exemplo, pesticidas, armas de fogo e certas medicações);
· Cobertura responsável pelos meios de comunicação;
· Introdução de políticas para reduzir o uso nocivo do álcool;
· Identificação precoce, tratamento e cuidados de pessoas com transtornos mentais ou por uso de substâncias, dores crônicas e estresse emocional agudo;
· Formação de trabalhadores não especializados em avaliação e gerenciamento de comportamentos suicidas;
· Acompanhamento de pessoas que tentaram suicídio e prestação de apoio comunitário.
Saiba mais - Informações adicionais sobre o tema podem ser obtidas nos links abaixo:
https://forms.gle/ZfKaJzVnefgryu7E9
https://site.cfp.org.br/publicacao/suicidio-e-os-desafios-para-a-psicologia/
https://www.setembroamarelo.com/
https://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14#page/14
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf
