O artigo, de co-autoria do professor Felipe Deodato, analisou como aspectos socioeconômicos afetam a demanda, diversidade e a oferta dos serviços de polinização no Brasil. O trabalho intitulado "Identifying changes in the drivers of ecosystem services: Socioeconomic changes underlie reduced provision of pollination service" (Identificação de mudanças nos impulsionadores dos serviços ecossistêmicos: As mudanças socioeconômicas estão na base da redução da prestação de serviços de polinização), foi publicado no Journal of Environmental Management e utilizou dados do Censo Agropecuário do IBGE.
A pesquisa revelou que a mudança de sistemas agrícolas pequenos e diversos para sistemas de monocultivos elevou o déficit de polinização, ou seja, a diferença entre o estado atual do nível de polinização que ocorre nos cultivos e o potencial máximo. Esse resultado traz efeitos negativos para a produtividade agrícola, impactando a geração de renda no setor.
O professor Felipe destacou que a situação está relacionada a outros fatores socioeconômicos, como concentração de renda e aumento da desigualdade social. “As regiões que apresentaram maior redução na oferta de polinização são aquelas onde há maior concentração de terras e limitado acesso ao crédito”, afirmou o docente.
O artigo se destaca por realizar uma análise ao nível nacional que mostra que os fatores associados à desigualdade social estão influenciando a redução na oferta dos serviços ecossistêmicos de polinização.
Para ler o artigo (em inglês) acesse o link:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0301479724034522?casa_token=nE2Ip7zKeFkAAAAA:ztn7-eCDJMhSj9rRWVqdW2NrkKjWBFokOlvfes3CSP0HqmbV1ip2vpil-eJSCYpfbZRits_rWJA